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sábado, 22 de fevereiro de 2014

Ingênuamente

Hoje eu estava inclinado a reparar os idosos por onde eu passava, aquelas pessoas enrugadas que já viveram muito, tiveram tristezas e felicidades.
Uma senhora sentada a frente de sua casa numa cadeira de fio, olhando para mim por cima dos ombros, um semblante cansado, a gravidade já mostra sua força no rosto, e ela aparenta estar quase cedendo a energia que a vida toma a cada dia. Um outro senhor determinado a chegar na lixeira de sua casa, visivelmente esforçado e dando passos de 10cm na direção com uma boa dificuldade.
Analisei mais alguns outros pelo caminho, pessoas que hoje são maduras, mas não tem mais a mesma disposição pra fazer tudo de novo, da melhor maneira. Essa é a vida, esse é o caminho tomamos sem ao menos fazer escolha.
Agora tenho disposição, força, habilidades físicas, mas não sei controlar a mim mesmo, amanhã, quando dominar estas habilidades, não haverá mais tempo.
Fico refletindo, gastando tempo a fazer nada, buscando a resposta dos meus dilemas, pois ainda não aprendi que não serão respondidos. Penso que existe algo, algo além da minha vida, ligando todos organismos vivos, o universo, a física, o tempo... algo forte que nos torna viventes e já começa a tirar a vida que nos deu, e esse algo, tão forte, complexo e superior... é o que ingenuamente busco entender.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Malabarista

Preciso aprender a equilibrar, independente do formato, do peso, preciso aprender a manipular, ter as coisas sob controle sobre nas mais variadas situações. Quero entender mais, me irritar menos, tão apenas.

Além do Moral

Vamos falar das dificuldades além de filosóficas, morais e comportamentais, que tanto falei aqui. Vou falar da minha luta comigo. Eu luto dia a dia com a minha mente, uma outra persona, um traço, não sei bem o que é, mas desde criança dividimos o mesmo corpo. Eu, tranquilo, bom e ela má, sempre querendo me prejudicar, sempre me colocando nas crises, me infernizando, trazendo os pensamentos que eu quero esquecer... procurando argumentos para não fazer o que preciso, fazendo propostas destrutivas. Quando estou bem é quando menos a ouço, mas é ela que me salva quando estou no ápice da dificuldade, como entender afinal?
Se isso é uma doença, um distúrbio, não sei, mas é isso que me faz vivo e forte e ao mesmo tempo me enfraquece. Psiquiatria? ah... tão incerta, baseada em tentativa e acerto, enfim... não sou um rato de laboratório, vai ser assim... até o final.